Oito migrantes deportados pelos Estados Unidos, incluindo três latino-americanos, ficaram sob custódia do Sudão do Sul, país afetado pela instabilidade crônica, informou o Ministério das Relações Exteriores da nação africana.
Apenas um dos deportados é do Sudão do Sul, mas o governo do presidente americano, Donald Trump busca a todo custo transferir os migrantes para terceiros países.
O grupo inclui dois cubanos e um mexicano, além de duas pessoas de Mianmar, uma de Laos e uma do Vietnã.
“Eles estão atualmente em Juba sob custódia das autoridades competentes, que estão examinando e garantindo sua segurança e bem-estar”, informou o ministério em um comunicado.
A nota não revela mais detalhes, mas afirma que “a decisão cuidadosa e bem estudada” de recebê-los foi tomada no contexto das relações entre os dois países.
“O Sudão do Sul respondeu positivamente ao pedido das autoridades americanas como um gesto de boa vontade, cooperação humanitária e compromisso com nossos interesses mútuos”, acrescenta o comunicado.
A polêmica decisão de enviar os migrantes para o Sudão do Sul motivou processos na justiça dos Estados Unidos.
O grupo, deportado em maio, teve que permanecer no Djibuti quando um tribunal distrital americano ordenou a suspensão das deportações para terceiros países.
A decisão foi revertida pela Suprema Corte, o que permitiu a chegada dos deportados ao Sudão do Sul, um país pobre que registrou recentemente um aumento na violência.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Sudão do Sul, Apuk Ayuel Mayen, afirmou que Juba mantém um firme compromisso com seu povo, incluindo “seus cidadãos que retornam sob quaisquer circunstâncias”.
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