13/11/2024 - 20:46
A periferia sul de Beirute, bastião do movimento islamista Hezbollah, sofreu novos bombardeios israelenses na noite desta quarta-feira (13), informou a agência de notícias libanesa NNA.
Imagens da AFPTV mostravam uma densa nuvem de fumaça preta sobre os subúrbios ao sul da capital do Líbano. A área foi atacada pelo menos três vezes por aviões israelenses, segundo a NNA.
A agência reportou ataques contra Haret Hreik e Burj el Brajneh, bairros especificamente mencionados em um aviso de evacuação publicado anteriormente na rede social X pelo porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee.
Os subúrbios do sul de Beirute são alvo regular de bombardeios israelenses desde a intensificação da ofensiva de Israel contra o Hezbollah, no fim de setembro.
Mais ao sul da capital, fora dos redutos do grupo xiita pró-Irã, um ataque israelense atingiu um edifício na cidade densamente povoada de Aramun.
Pelo menos oito pessoas, entre elas três crianças e três mulheres, morreram e outras 17 ficaram feridas, segundo o balanço atualizado de vítimas difundido pelo Ministério da Saúde, que informou anteriormente que “restos humanos” haviam sido encontrados no lugar dos fatos.
Um fotógrafo da AFP viu socorristas fazendo buscas entre os escombros de um edifício de quatro andares, três deles destruídos.
Por sua vez, o Hezbollah afirmou que havia atacado em quatro ocasiões instalações militares em Tel Aviv e arredores.
A organização pró-iraniana declarou que lançou “drones explosivos” contra o quartel-general do Exército israelense, que abriga as principais instituições de defesa de Israel.
Pela noite, o Hezbollah indicou que disparou mísseis contra soldados israelenses nas imediações da cidade de Bint Jbeil.
Procurado pela AFP após o primeiro ataque com drones, o escritório do porta-voz do Exército israelense disse “não reagir às alegações do Hezbollah”.
As forças israelenses também garantiram que interceptaram 40 projéteis lançados do Líbano na quarta-feira, entre os quais havia pelo menos dois drones, e acrescentaram que ninguém tinha ficado ferido nos ataques.
Além disso, Israel anunciou a morte de seis soldados no sul do Líbano.
Em 23 de setembro, o Exército lançou uma campanha de bombardeios maciços, em especial nos redutos do movimento pró-iraniano, que lança diariamente foguetes, mísseis e drones contra Israel.
Mais de 3.300 pessoas já morreram no Líbano, segundo as autoridades, desde que os enfrentamentos começaram em outubro de 2023, quando o Hezbollah abriu uma frente contra Israel em apoio ao aliado Hamas na Faixa de Gaza, onde o movimento islamista palestino está em guerra com Israel.
A maioria das vítimas morreu a partir do início da ofensiva israelense em setembro.
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