No domingo (30), o subtenente do Exército Clodoaldo Oliveira da Silva Clementino, de 42 anos, foi preso por ter assassinado Joaquim Luiz Antunes Moço, de 60. O caso ocorreu no dia 23. Embriagada, a vítima teria errado o endereço e tentado entrar na residência do militar, na rua Hamilton Viana, em Bangu (RJ). O subtenente teria ficado possesso com a tentativa de “invasão” e espancou a vítima com golpes de porrete por cinco minutos, mesmo após Joaquim ter caído no chão. As informações são do jornal Extra.

A delegada Ana Lucia da Costa Barros afirmou que, “mesmo depois de ele estar ao solo, continuou sendo agredido por cinco minutos. Uma testemunha ouviu uma gritaria, viu o que era e voltou a deitar. Na sequência, houve um silêncio, depois o barulho de uma pessoa caindo no chão. A testemunha contou que se levantou e viu Clodoaldo agredindo o idoso no chão”.

“Segundo a testemunha, dava para ouvir o autor gritando antes de sair: “Preciso dormir, vou trabalhar amanhã. Vai continuar? Vou te arrebentar”, completou a delegada.

De acordo com ela, o militar “vai responder por homicídio consumado triplamente qualificado (de modo cruel, sem possibilidade de a vítima se defender e por motivo fútil)”.

A irmã da vítima Cátia Duhou Moço Braz, de 51 anos, informou que se sente aliviada com a prisão do militar.

“Foi uma covardia. (Espero) que ele pague pelo que fez. Não é justo. O cara não é um qualquer. Se fosse um Zé Ninguém, mas é um subtenente. Sabe a conduta dele, como tem que se portar. Vamos processar. Só estou vendo um advogado. Meu coração vai ficar mais aliviado ainda se a Justiça for feita.”

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O caso

O subtenente do Exército Clodoaldo Oliveira da Silva Clementino foi preso, no domingo, por ter matado com diversos golpes de porrete de madeira Joaquim Luiz Antunes Moço.

O acusado não prestou socorro e quem chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram os vizinhos. Joaquim foi levado ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Ele ficou internado por cinco dias, mas morreu na última sexta-feira (28).

Ao ser preso, Clodoaldo Oliveira se recusou a prestar depoimento e disse que “só vai falar em juízo”. Pouco depois das 9h, ele foi levado por policiais do Exército para a Companhia de Comando da 1ª Divisão do Exército, antiga Polícia do Exército (PE) da Vila Militar, na Zona Oeste do Rio. O militar responderá por homicídio.


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