ROMA, 16 ABR (ANSA) – Um submarino nuclear utilizado pelos Estados Unidos no ataque da última sexta-feira (13) contra a Síria passara poucas semanas antes pela cidade de Nápoles, no sul da Itália.   

O “USS John Warner”, alocado no Mar Mediterrâneo, lançou seis mísseis Tomahawk contra alvos do regime de Bashar al Assad. No último dia 20 de março, o submarino parou no Porto de Nápoles, causando a irritação do prefeito Luigi de Magistris, de centro-esquerda.   

“Nosso governo não é contra ninguém, mas é a favor de políticas de paz, do desarmamento, da cooperação internacional, é a favor da diplomacia e de que as instituições internacionais, como a ONU, sejam protagonistas em tempos de crise”, afirmou De Magistris à ANSA nesta segunda-feira (16).   

A ancoragem do submarino nuclear em Nápoles havia sido informada ao governo municipal pela Capitania dos Portos, mas o prefeito pediu que isso “não aconteça mais”, já que trata-se de uma cidade “desnuclearizada”.   

“O fato de que seja o mesmo submarino [usado no ataque na Síria] reforça ainda mais a justeza da medida por meio da qual determinamos que, no Porto de Nápoles, não são bem-vindos navios de propulsão nuclear ou que carreguem armas nucleares”, acrescentou De Magistris.   

Apesar de ser aliada dos Estados Unidos, a Itália não participou dos ataques conjuntos com França e Reino Unido na Síria, uma resposta ao bombardeio químico do último dia 7 de abril, atribuído ao regime de Bashar al Assad.   

O primeiro-ministro demissionário Paolo Gentiloni se pronunciará no Parlamento sobre o envolvimento italiano no país árabe nesta terça-feira (17). (ANSA)