Uma lesão no joelho às vésperas de um torneio no Brasil e uma corrida contra o tempo para defender o Uruguai. O cenário lembra o enfrentado no Mundial de 2014, mas é o encarado agora pelo atacante Luis Suárez, que neste domingo entra em campo para a estreia da sua seleção na Copa América, a partir das 19 horas, contra o Equador, no Mineirão, pela primeira rodada do Grupo C.

Suárez se submeteu a artroscopia no joelho direito em 9 de maio. Pouco mais de um mês depois, atuará no Brasil, onde, há, cinco anos, viveu uma Copa do Mundo intensa, tendo entrado em ação apenas no segundo jogo da seleção uruguaia na competição, na sequência de improvável recuperação de cirurgia no joelho esquerdo.

Com ele em campo, o Uruguai, que havia perdido na estreia para a Costa Rica, venceu a Inglaterra por 2 a 1, com os gols da sua equipe sendo marcados por Suárez. Na sequência, o triunfo sobre a Itália, ficou ofuscado pela mordida em Chiellini, algo que encerrou a sua participação na Copa de 2014, provocando uma suspensão por nove jogos.

A boa notícia para o Uruguai é que a volta de Suárez aos gramados ocorreu antes da partida no Mineirão. Afinal, em 7 de junho, foi acionado aos 17 minutos do segundo tempo, do amistoso contra o Panamá. Seis minutos depois, em cobrança de falta, foi às redes.

Maior artilheiro da história da seleção uruguaia, Suárez agora tentará conduzir a equipe ao 16º título continental. E garante estar em melhor condições para liderar a equipe do que há cinco anos. Assim, espera repetir 2011, quando foi campeão da Copa América, com quatro gols marcados, sendo um deles na final contra o Paraguai. “Na Copa de 2014 pensei que chegaria bem e aos 15 minutos do segundo tempo já estava com cãibras. Neste caso, tinha margem para me recuperar da lesão e sabia que ia chegar. Estava tranquilo”, disse.

Menor país da América do Sul e maior vencedor da Copa América, o Uruguai será comandado pela sexta vez no torneio, sendo a quinta seguida, pelo técnico Oscar Tabárez, que a dirigiu no vice-campeonato em 1989 no Brasil. E segue apostando em uma espinha dorsal de veteranos, com o goleiro Fernando Muslera, o capitão e zagueiro Godín e o atacante Cavani, além de Suárez. Arrascaeta, que no início do ano trocou o Cruzeiro pelo Flamengo, deve ficar como opção no banco de reservas.

Rival de estreia dos uruguaios, o Equador, dirigido por Hernán Dario Gomez, deve ser defensivo no Mineirão. O são-paulino Arboleda está escalado na zaga e o meio-campista Antonio Valenncia, do Manchester United, será a principal referência em campo.