A futura gestão do prefeito João Doria (PSDB) recuou e agora afirma que Interlagos é apenas um dos locais possíveis para a realização da Virada Cultural. No dia 5, Doria havia dito que o evento deixaria as ruas do centro da capital e seria realizado dentro do autódromo de Interlagos. Nesta quinta-feira, 8, o futuro secretário da Cultura, André Sturm, afirmou, em entrevista coletiva na Caixa Cultura, na Praça da Sé, que o espaço na zona sul é apenas uma das opções para a Virada e que o local não está definido.

“Não estou descartando Interlagos. Mas se descobrir que em Interlagos só cabem 80 mil pessoas, vamos avaliar de que maneira usar”, disse o futuro secretário.

Segundo Sturm, a Prefeitura vai avaliar a capacidade do local, que precisa comportar 1 milhão de pessoas. Ele disse ainda que haverá outras atrações no centro e que os grandes show na região central desvirtuam a Virada.

A declaração de Doria de que a Virada sairia das ruas do centro causou polêmica.

Internautas convocaram pelas redes uma Virada na casa de Doria, como forma de protesto. O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT), criticou o plano e afirmou que a mudança transforma o evento em uma “Woodstock de coxinha”. Como reação, a noite de quarta-feira, 7, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeira votação, um projeto que mantém o evento na região central.