SÃO PAULO, 19 OUT (ANSA) – A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quinta-feira (19), por unanimidade, libertar o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Athur Nuzman, preso desde o dia 5 de outubro.   

De acordo com a decisão da ministra Maria Thereza, Nuzman terá que cumprir algumas medidas cautelares como comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar as suas atividades. Além disso, ele está proibido de acessar às sedes ou filiais do Comitê Rio 2016 e COB, e de ter contato com os demais réus. O ex-presidente do COB ainda terá que entregar seus passaportes, porque não poderá deixar o Brasil.   

Nuzman é suspeito de intermediar o pagamento de propinas para eleger o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 20116.   

Além de Nuzman, também são suspeitos de participação nos crimes Leonardo Gryner, ex-diretor do COB; o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, preso desde novembro; e o empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”.   

Todos foram denunciados nesta quarta-feira (18) pelo Ministério Público Federal (MPF) junto com os senegalezes Papa Massata Diack e Lamine Diack. Eles são acusados de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.   

De acordo com a denúncia, Cabral, Nuzman e Gryner pediram diretamente ao “Rei Arthur” o pagamento de US$2 milhões para Papa Diack, para garantir votos para o Rio. (ANSA)