A pedido da Polícia Federal, o Superior Tribual de Justiça autorizou a quebra dos sigilos telemático, fiscal e bancário do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL). O inquérito investiga desvio de recursos, pagamento de propina e fraude em licitação em contratos sociais do estado entre 2017 e 2020.

A ação faz parte da Operação Sétimo Mandamento (que na Bíblia diz “Não Roubarás), que também está realizando buscas nos endereços de Castro e de outras seis pessoas.

Entre os alvos de busca e apreensão na manhã de hoje está o irmão de criação de Cláudio Castro, Vinícius Rocha. Além dele, também estão sendo investigados: Allan Borges Nogueira, gestor de governança socioambiental da Cedae, e Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria de Estado de Governo.

Na casa de Rocha, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 em dinheiro vivo. Foram encontradas também anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.

Vinícius Rocha é sócio da primeira-dama do RJ, Analine Castro, em uma empresa de informática. Além disso, tem no currículo cargos no governo do estado desde que o irmão tomou posse como vice de Wilson Witzel, em 2019.

Cláudio Castro, 44 anos, se tornou vice-governador em janeiro de 2019. Com o impeachment de Wilson Witzel, ele assumiu o governo do estado interinamente em agosto de 2020; em maio de 2021, tomou posse definitivamente. Em 2022, com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), foi eleito como o segundo governador mais jovem do Rio de Janeiro.