São Paulo, 17/06 – A disputa entre a espanhola Abengoa e a brasileira Dedini Agro vai se arrastar por mais tempo. A expectativa era de que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) completasse o julgamento nesta semana, mas a corte ministerial adiou a análise para depois do recesso, ou seja, para agosto. O processo já foi retardado por um pedido de vistas em abril. Por ora, dois dos 15 ministros indeferiram a homologação de decisão de uma corte arbitral internacional que determinava à Dedini o pagamento de R$ 150 milhões à Abengoa, em um caso que envolve a compra, em 2007, de usinas de cana-de-açúcar. A Abengoa adquiriu em 2007 o controle da Dedini Agro por R$ 1,3 bilhão e assumiu R$ 730 milhões em dívidas. Na negociação estavam unidades de processamento de cana localizadas em Pirassununga e São João da Boa Vista, ambas no interior paulista. O conglomerado espanhol, entretanto, afirma que teve prejuízos por causa de números superestimados de moagem divulgados pela Dedini e cobra ressarcimento. As duas usinas da Abengoa têm capacidade instalada para quase 7 milhões de toneladas de cana por temporada. No ciclo 2016/17, que começou em abril, a expectativa da companhia é de processamento em torno de 5,8 milhões de toneladas.


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