BRASÍLIA, 7 OUT (ANSA) – O cantor britânico Sting e a Fundação José Saramago expressaram apoio à indicação do chefe indígena Raoni ao Prêmio Nobel da Paz de 2020, em reconhecimento à sua luta para a preservação da Amazônia e das comunidades locais. “É muito apropriado que o chefe Raoni seja nomeado para o Prêmio Nobel. Sua mensagem sobre a preservação das florestas mundiais tem sido convincente e consistente durante os 30 anos que eu o conheço”, afirmou Sting em entrevista à revista “Veja”. O cantor, fundador da ONG Rainforest Foundation, dedicada à proteção da natureza, ainda explicou que a homenagem ao líder indígena é “absolutamente essencial”, principalmente porque, no momento, alguns “líderes mundiais estão em negação patológica sobre os perigos que o planeta está enfrentando”. Em 1989, o líder da banda “The Police” percorreu 17 países na companhia de Raoni para apoiar a criação do Parque Nacional Alto Xingú, que seria demarcado quatro anos depois pelo Estado brasileiro.   

A candidatura do líder dos povos indígenas da região de Xingú, no leste da Amazônia, também foi apoiada no último fim de semana pela Fundação José Saramago.   

“A entrega do Prêmio Nobel ao líder indígena [Raoni] seria um reconhecimento merecido de seu trabalho, uma maneira de apoiar a luta pela preservação da Amazônia”, diz a carta assinada por Pilar del Rio, chefe da Fundação e viúva do Prêmio Nobel José Saramago.   

Raoni Matuktire, que pertence ao povo Caiapó, é um dos principais líderes indígenas do país e tem feito diversas críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Em maio, durante visita à Europa, onde foi recebido pelo Papa Francisco e pelo presidente da França, Emmanuel Macron, ele disse que o mandatário brasileiro é uma “ameaça” para a Amazônia. (ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias