A deputada federal Carla Zambelli (PL), presa na Itália, não possui mais a alternativa de recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que a condenou a cinco anos e três meses de prisão por perseguir, com arma em punho, um homem na Zona Oeste de São Paulo em 29 de outubro de 2022.
O episódio ocorreu dias antes do segundo turno das eleições de 2022, quando Lula derrotou Jair Bolsonaro – apoiador declarado da deputada – e foi eleito presidente.
A condenação de Zambelli aconteceu em agosto de 2025, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Com a declaração do chamado “trânsito em julgado”, a pena já pode ser executada.
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Na decisão, o Supremo justificou ser inviável a substituição e suspensão da pena privativa de liberdade e decretou a perda do mandato da parlamentar como efeito da condenação criminal. Zambelli também teve o porte de arma cancelado definitivamente, e o armamento foi apreendido e entregue ao Comando do Exército.
Essa é a segunda condenação da parlamentar, que já havia sido sentenciada a uma pena de dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
Após a primeira condenação, Zambelli fugiu para a Itália, onde foi presa e aguarda a decisão da Justiça e do governo italianos sobre o pedido de extradição apresentado pelo Brasil.
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