O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma o julgamento da trama golpista e ouve nesta segunda-feira, 26, testemunhas indicadas pela defesa do general e ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno.
As oitivas tiveram início na semana passada, com testemunhas de acusação escolhidas pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Até o momento, prestaram depoimento um diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o ex-comandante do Exército general Freire Gomes, o ex-comandante da Aeronáutica brigadeiro Baptista Júnior, entre outros.
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Eles confirmaram em seus depoimentos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria participado de um plano golpista para permanecer na Presidência da República após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
A previsão é que as oitivas sejam encerradas no dia 2 de junho. Ao todo, 82 testemunhas foram indicadas, porém nem todas estão obrigadas a comparecer.
Na sexta-feira, 23, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, colheu o depoimento de três testemunhas indicadas pela defesa de Augusto Heleno, dentre elas o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Nesta segunda, mais 10 pessoas devem ser ouvidas. São elas:
- General Carlos José Russo Penteado;
- Capitão de Mar e Guerra Ricardo Ibsen Pennaforte de Campos;
- Ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (indicado também por Braga Netto)
- General Antonio Carlos de Oliveira Freitas;
- Coronel Amilton Coutinho Ramos; assessor especial do GSI
- Coronel Ivan Gonçalves;
- Capitão Valmor Falkemberg Boelhouwer;
- Christian Perillier Schneider (ex-assessor especial do Ministério da Agricultura);
- Brigadeiro Osmar Lootens Machado;
- Coronel Asdrubal Rocha Saraiva.
O general Augusto Heleno integra, junto ao ex-presidente Bolsonaro, o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. Eles respondem pelos crimes: golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Organização Criminosa.
Na residência de Heleno foram encontradas anotações manuscritas, em uma agenda com o logotipo da Caixa Econômica Federal, que tratavam sobre o planejamento prévio da organização criminosa de fabricar um discurso contra às urnas eletrônicas.