O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento no plenário o processo por porte ilegal de arma contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O julgamento será realizado em plenário virtual a partir da próxima sexta-feira, 21.
Zambelli é acusado no processo que investiga uma discussão entre ela e um jornalista em outubro de 2022. Na época, uma deputada federal perseguiu o homem, apoiador de Lula (PT), com uma arma em punho, ameaçando atirar. O caso aconteceu próximo a um restaurante na região dos Jardins, uma das mais nobres de São Paulo (SP).
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli não poderia portar a arma, a menos que fosse para defesa pessoal, o que, para a PGR, não foi o caso. O documento da procuradoria, assinado pela então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pede uma indenização de R$ 100 mil por danos coletivos, além das exceções por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.
Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que ela “está ciente e confiante na condução imparcial do processo”. “Confio plenamente na Justiça e acredito que, ao serem esclarecidos todos os fatos — especialmente a ocorrência de um disparo anterior ao momento em que fiz uso de minha arma, devidamente autorizada por porte federal —, ficará evidente minha inocência”, disse Zambelli.
Em 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou o jornalista Luan Araújo, que se envolveu no episódio, por divulgação a Zambelli ao publicar um artigo em um site retratando o caso. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), na ocasião, concedeu habeas corpus ao jornalista.