SÃO PAULO, 5 FEV (ANSA) – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (5) a abertura de uma investigação sobre a atuação da ONG Transparência Internacional no Brasil.
Na decisão, ele diz ser “duvidosa” a criação de uma fundação privada para administrar recursos derivados de pagamento de multa às autoridades brasileiras.
Em sua petição, Toffoli pediu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhar documentos e cópias de procedimentos internos sobre o cumprimento de tratativas internacionais pela Lava Jato.
O ministro cita uma notícia-crime apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), no qual é relatado que desde 2014 o Ministério Público Federal atua em parceria com a Transparência Internacional para desenvolver ações “genericamente apontadas como ‘combate à corrupção'”.
Segundo o documento, a ONG teria recebido parte do valor obtido no acordo de leniência da J&F em 2018 e, a partir daí, passou a administrar e aplicar os recursos. No entanto, a organização disse à imprensa que não recebeu nada de nenhum acordo de leniência no Brasil.
Toffoli cita a Transparência Internacional como uma entidade “alienígena com sede em Berlim” responsável por receber recursos que deveriam ser entregues ao Tesouro Nacional.
O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) também deverão participar da investigação. (ANSA).