Não foram poucos os milhões de brasileiros ingênuos, como eu, que conferiram seus votos ao Messias, em 2018, quando este prometia aniquilar os anos de cleptocracia lulopetista e o domínio da impunidade nas altas cortes de Justiça.

Idiotas, pensávamos que Jair, apesar de todas as limitações intelectuais e de todos aqueles grotescos arroubos morais, pudesse mesmo ser um ex-capitão de exército imbuído de bons princípios e propósitos, a ombrear com o crime organizado.

Ledo engano. Tão logo o passado de rachadinhas e rachadões, seu e de seus filhos, emergiu à tona, ao devoto da cloroquina não restou mais nada senão a subserviência ao “mecanismo” e o retorno à sua origem como associado de criminosos.

Primeiro, Bolsonaro alijou Moro do governo. Depois, mexeu os pauzinhos e emplacou aliados nos incômodos cargos que ainda teimavam em investigar seu filho. Em seguida, acertou com certos togados as demais condições de trabalho.

Quantos de nós, e me refiro aos iludidos eleitores, não votamos com nariz e olhos fechados, apenas na esperança (que pensávamos ser certeza) de não vermos nomeados para o STF mais dois novos petistas ou aliados da impunidade?

Todos sabíamos: se Haddad vencesse, indicaria dois ministros alinhados ao lulopetismo que iriam, ao lado dos já conhecidos inimigos da Lava Jato, enterrar o combate à corrupção e, de quebra, inocentar o chefe da quadrilha.

Eis que o poste do corrupto e lavador de dinheiro, Lula da Silva, não venceu. Mas eis também que o inseparável parceiro do miliciano Queiroz cuidou de restabelecer a ordem no submundo da impunidade e… nomeou Minerva!

Absolutamente tudo foi de caso pensado e planejado entre abraços e pedaços de pizza com notórios capas pretas, fartamente documentado em fotos e em depoimentos de presentes aos regabofes. Era o começo do fim da Lava Jato.

Hoje, Bolsonaro não disfarça mais. Comprou a eleição de Lira para a Presidência da Câmara. Está distribuindo cargos e verbas para as piores figuras do Centrão. E tornou-se aconselhado por ninguém menos que Collor e Roberto Jefferson.

Nomeou um PGR que simplesmente extinguiu a Força Tarefa da Lava Jato. Nomeou um novo ministro para o STF alinhado às decisões da dupla Mendes e Lewandowski. E conspira para a demonização de Moro e a canonização de Lula.

O Brasil voltou a ser o paraíso da impunidade; dos vagabundos. Assim como na economia, os anos de Justiça foram apenas um “voo de galinha”. Os três Poderes estão, novamente, juntos e misturados. E eu ajudei.