SÃO PAULO, 3 NOV (ANSA) – O presidente da Stellantis na América do Sul, Herlander Zola, mostrou otimismo nesta segunda-feira (3) a respeito de uma solução para evitar o desabastecimento de semicondutores na indústria automotiva no Brasil, na esteira da crise gerada pela intervenção da Holanda na Nexperia, subsidiária da gigante chinesa Wingtech.
Em coletiva de imprensa em São Paulo, o executivo disse que a possibilidade de uma exceção para o Brasil no embargo imposto pela China às exportações desses componentes vai na direção certa.
“Isso nos dá uma esperança muito maior de que esse problema será resolvido antes de criar um impacto”, afirmou Zola, ressaltando que as fábricas da Stellantis no país estão “na iminência” de suspender a produção devido ao impasse.
Segundo o presidente, a crise ainda “não foi resolvida em definitivo”, porém a expectativa da empresa hoje é “bem mais otimista” do que na semana passada. “O problema só deixa de existir a partir do momento em que a gente tiver as peças aqui, portanto o risco ainda existe, mas a decisão de ter exceções na China para empresas e países que poderão importar peças já foi tomada, daí o otimismo”, ressaltou Zola.
Em outubro passado, a Holanda assumiu o controle da Nexperia alegando questões de propriedade intelectual, o que fez Pequim suspender a exportação desses componentes vitais para a indústria automotiva.
No entanto, no último fim de semana, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo chinês abrirá canais de diálogo com o setor no Brasil para evitar o desabastecimento de microchips. (ANSA).