Duas startups brasileiras – a Lemobs e a Tupinambá Energia – se apresentarão na 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP27, realizada de 6 a 18 novembro, no Egito. Elas oferecem soluções contra os efeitos das mudanças climáticas e estão entre as 15 selecionadas para o programa de aceleração Global Scale-Up Programme. Os empreendedores terão a oportunidade de mostrar suas soluções para investidores, clientes, especialistas e lideranças governamentais e do terceiro setor de diversos países, em uma das agendas da chamada Green Zone, um espaço de eventos, palestras, exibições e performances, coordenado pelo país sede da COP.

A Lemobs apresentará sua solução para evitar o desperdício de alimentos na rede escolar e facilitar a compra de produtos da agricultura familiar, enquanto a Tupinambá Energia falará sobre sua tecnologia para integrar pontos e criar uma rede de recarga de veículos elétricos.

A participação das duas empresas na COP27 é apenas uma das ações do Global Scale-Up Programme, iniciativa da organização internacional The CivTech Alliance para acelerar startups que oferecem soluções contra os efeitos das mudanças climáticas. O programa é fruto de parceria entre 13 instituições públicas e privadas de nove países e selecionou 15 empresas, de 10 países, que desenvolveram soluções inovadoras para dois desafios: Adaptação e Crescimento Verde; e Compras Públicas Verdes. Também foram contempladas startups de: Estados Unidos, Reino Unido, Lituânia, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Bermudas e Ruanda.

A coordenação e execução do programa na América Latina é de responsabilidade das quatro entidades brasileiras que fazem parte da The Civtech Alliance: InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade), BrazilLAB (primeiro hub de inovação GovTech do Brasil), Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, responsável pela gestão da incubadora da USP e do IPEN) e IdeiaGov (hub de inovação aberta do Governo do Estado de São Paulo).

Antes da COP27, as instituições organizadoras têm oferecido às startups uma imersão no ecossistema de inovação e empreendedorismo dos países que integram o programa, também chamada de Safari. A etapa brasileira aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro e contou, além de especialistas das quatro organizações, com representantes de fundos de investimento de impacto, do SEBRAE, de organismos internacionais de fomento e de órgãos públicos como Fapesp, Cetesb, Finep, PGE-SP, prefeituras e secretarias municipais de Meio Ambiente de diversas regiões do país.