O Spotify, número um do mundo do streaming de áudio, anunciou nesta segunda-feira (4) a eliminação de cerca de 1.500 empregos, cerca de 17% de sua força de trabalho, para reduzir custos.

Esta é a terceira onda de cortes de funcionários. O grupo sueco anunciou em janeiro a demissão de 600 funcionários e outros 200 em junho na sua divisão de podcasts.

As medidas fazem parte de uma onda de demissões no setor de tecnologia, desde o início de 2023, em gigantes americanas como Meta, Alphabet e Amazon.

“Estou ciente de que, para muitos, uma redução desta magnitude pode parecer surpreendente, devido ao recente relatório positivo sobre os lucros e os nossos resultados”, escreveu o CEO Daniel Ek em uma carta aos funcionários, consultada pela AFP.

No terceiro trimestre, o grupo registrou um lucro líquido excepcional de 65 milhões de euros (cerca de 70 milhões de dólares ou 344 milhões de reais), contra os 166 milhões do ano anterior, no contexto de um aumento de 26% no número dos seus usuários ativos, até 574 milhões.

Segundo o Spotify, os cortes de empregos resultarão em encargos entre 130 e 145 milhões de euros (entre 146 e 157 milhões de dólares ou 718 e 772 milhões de reais, na cotação atual) no quarto trimestre, principalmente devido a pagamentos relacionados com indenizações pelas demissões.

“Apesar dos nossos esforços para reduzir custos no ano passado, a nossa estrutura de custos para atingir os nossos objetivos ainda é muito grande”, acrescentou Ek.

Desde o seu lançamento, em 2006, o Spotify não parou de investir para impulsionar o seu crescimento, expandindo-se para novos mercados e depois oferecendo conteúdos exclusivos, como podcasts, nos quais investiu mais de um bilhão de dólares (4,9 bilhões de reais na cotação atual).

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