O presidente Lula da Silva já tem alguns nomes para a iminente minirreforma ministerial prevista para após a eleição das Mesas da Câmara e Senado, revela uma fonte palaciana. Neste planejamento, se nada mudar no cenário da governabilidade desenhado pelos palacianos, José Múcio deixará o Ministério da Defesa a pedido, e o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski assumirá o cargo – já avalizado pelo alto comando militar.
Múcio e Lewandowski são da cota pessoal de Lula e entraram no Governo pela amizade com o presidente, que insistiu na transição. Múcio agora quer cuidar do seu alambique em Pernambuco e Lewandowski, se não aceitar a Defesa – que já o aceitou – pode curtir uma bela casa no litoral sul da Bahia.
No lugar de Lewandowski no Ministério da Justiça entra o senador Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Congresso, alinhando-se à estratégia de Lula para fortalecê-lo na disputa pelo Governo de Minas em 2026. O convite para ser o candidato do Planalto em Minas partiu do próprio Lula na cabine presencial do “aerolula” na viagem à China no início deste ano.
Balançando na Agricultura, Carlos Fávaro (PSD) pode ser substituído por Arthur Lira (PP) ou um indicado deste, o mais provável. Neste acordo, o PSD fica com a Justiça e o Progressista (ou boa parte da bancada) entra na base pelas mãos do agronegócio. Mas o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que hoje controla a Agricultura, indica o secretário-executivo do MAPA, que deve ser Guilherme Campos.
Com cargo cobiçado por vários partidos, a ministra Nísia Trindade está garantida pelo Barba na Saúde, com apoio da primeira-dama Janja da Silva. A Secretaria de Comunicação deve ficar com um indicado de Lula e Janja, e Paulo Pimenta deve assumir a Casa Rio Grande do Sul, ligada à Casa Civil do Palácio, para acompanhar a execução de programas federais de recuperação do Estado após as enchentes. Uma potencial vitrine eleitoral para os planos de Pimental vir ao Senado ou ao Governo em 2026.