ROMA, 25 FEV (ANSA) – O cineasta americano Steven Spielberg se juntou a diversos nomes da sétima arte e assinou um apelo para salvar lugares culturais de Roma, na Itália, que correm o risco de se tornar “centros comerciais”.
O pedido, endereçado ao presidente italiano, Sergio Mattarella, e à primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, é encabeçado por outros grandes diretores do cinema mundial, como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Wes Anderson e Jane Campion, além de Ari Aster.
Até o momento, a iniciativa conta com apoio de mais de 50 representantes do mundo do cinema, como a ítalo-americana Isabella Rossellini, indicada ao Oscar 2025 na categoria de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em “Conclave”, e o ator americano Willem Dafoe.
“Como bem reflete de modo eloquente [o arquiteto italiano] Renzo Piano sobre a situação atual de Roma, é claro que a tentativa de converter espaços destinados a um possível renascimento cultural da Cidade Eterna em hotéis, centros comerciais e supermercados é completamente inaceitável”, diz o apelo dos cineastas, que convida “colegas do mundo todo, diretores de festivais e operadores culturais a assinar” a carta para salvar “uma das cidades culturais e artísticas mais importantes do mundo”.
Segundo o texto, “tal transformação representaria uma perda irreparável: um profundo sacrilégio não apenas com a rica história da cidade, mas também com o patrimônio cultural a ser deixado às próximas gerações”.
No pedido, os apoiadores afirmam ter o “dever de transformar tais ‘catedrais no deserto’ em diversos templos de cultura, lugares capazes de nutrir a alma tanto das atuais gerações quanto das futuras”. (ANSA).