A redução da projeção de PIB de 1,6% para 0,81% se deve a questões estruturais e choques de curto prazo, justificou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. Entre os fatores que afetaram no curto prazo estão a guerra comercial no exterior, as intempéries climáticas que prejudicaram a agricultura e o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), que impactou a indústria.

“Cerca de 1/3 da queda da indústria até o momento pode ser atribuída aos reflexos produzidos pela tragédia de Brumadinho”, afirma o Boletim MacroFiscal da SPE, divulgado nesta sexta-feira.

Para a secretaria, o baixo crescimento revela que o país sofreu uma “quebra estrutural de redução do seu nível de desenvolvimento”. Com essa mudança estrutural, houve uma queda “substancial” de produtividade, aliado a um quadro de descontrole fiscal.

O documento ressalta que a retomada do crescimento da economia brasileira deverá passar necessariamente por um conjunto de reformas de reequilíbrio fiscal, em especial a da Previdência e reformas pró-mercado.

A SPE do Ministério da Economia disse que os indicadores econômicos sinalizam que a recuperação continua lenta no segundo trimestre, com redução na confiança de empresários e consumidores, estabilidade na produção industrial e lenta recuperação em serviços.

A secretaria projeta alta de 0,8% no PIB do segundo trimestre sobre o mesmo trimestre do ano anterior. Em relação ao trimestre anterior, a estimativa é de alta de 0,3%.

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A expectativa é de alta de 0,5% na Agropecuária, queda de 0,1% na indústria e avanço de 1% em serviços no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.


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