Os sociais-democratas do chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, superaram por pouco a extrema direita na eleição regional deste domingo (22) em Brandemburgo (leste), segundo pesquisas de boca de urna publicadas pelas televisões públicas ARD e ZDF.

O SPD obteve entre 31% e 32% dos votos, enquanto os ultradireitistas da Alternativa para a Alemanha (AfD) entre 29% e 30%, indicaram as redes de tevê.

Esse resultado mostra um novo avanço da extrema direita alemã, que conquistou duas cifras recordes em outras cinco eleições regionais em 1º de setembro, na Turíngia, onde venceu, e na Saxônia, onde chegou atrás dos conservadores.

Para o SPD, é um sucesso inesperado após ter retrocedido em todas as eleições nos últimos meses e quando, no plano nacional, registram, assim como Olaf Scholz, recordes de impopularidade.

Essa vitória se deve menos a Scholz e muito mais ao chefe do governo regional de Brandemburgo, Dietmar Woidke.

No poder na região desde 2013, esse social-democrata segue sendo muito popular e transformou a votação em um plebiscito sobre sua personalidade e em uma eleição a favor ou contra a extrema direta. Alertou que se aposentaria se não ganhasse as eleições.

Sua aposta parece ter se saído bem-sucedida. O SPD, segundo cálculos das redes de televisão, avança claramente em relação à eleição anterior de 2019, quando chegou a 26,2% dos votos. A AfD também ganhou cerca de 7 pontos em relação àquele ano.

Segundo as primeiras estimativas, os sociais-democratas parecem bem situados para seguir governando Brandemburgo no marco de uma coalizão com os conservadores (12%) e os ecologistas (5%).

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