TURIM, 31 OUT (ANSA) – O novo técnico da Juventus, Luciano Spalletti, foi apresentado nesta sexta-feira (31) em Turim, na Itália, e disse que espera levar a Velha Senhora de volta à disputa pelo Scudetto na atual temporada, apesar do início ruim de campeonato.
O ex-comandante da seleção italiana explicou os motivos de ter concordado com um contrato de curta duração e negou que tenha traído o Napoli, garantindo que o clube e a cidade sempre permanecerão em seu coração.
“Espero poder voltar e participar da disputa pelo Scudetto, tanto que foi o que discutimos com os jogadores ontem.
Precisamos mirar o topo, e neste caso, o topo é a disputa pelo título. Nove jogos já foram disputados, mas ainda faltam 29, são muitos jogos. Já vi de tudo em meus mais de 30 anos de carreira”, disse o toscano.
Spalletti elogiou o trabalho do croata Igor Tudor, seu antecessor, e acredita que encontrará uma equipe “com boa mentalidade e bem treinada”. O técnico também não descartou a possibilidade de dar continuidade ao que já foi feito, além de mencionar que tentará atuar com uma defesa de quatro homens, em vez de uma de três.
“A ideia está incorporada no motivo pelo qual aceitei vir para cá. Se eu não acreditasse que esta equipe tem potencial, apesar dos momentos difíceis, por que aceitaria um contrato de oito meses? Acredito que posso fazer um bom trabalho com eles.
Desejo, autodisciplina para obter resultados importantes e vejo a oportunidade de corrigir algumas coisas”, avaliou Spalletti.
O comandante elevou um pouco a voz na coletiva de imprensa ao responder uma pergunta sobre as críticas que vêm recebendo dos napolitanos por ter se juntado aos bianconeri. Vale destacar que o treinador ganhou um Scudetto com o Napoli e tem uma tatuagem que recorda o momento.
“Criei uma ligação especial com as pessoas de Nápoles e sempre terei muitos amigos lá. Isso não vai mudar da minha parte. Voltarei a Nápoles, é uma cidade que estará para sempre no meu coração, independentemente das minhas decisões profissionais. Aqueles que usam essa situação para me atacar, descontextualizam-na da realidade, e vocês podem entender suas intenções”, declarou.
A Juventus, que pagará até 2027 os salários de Thiago Motta e Tudor, deseja encontrar paz quando o assunto se trata de treinador, pois as recentes experiências do ítalo-brasileiro e do croata não foram positivas, sobretudo internamente. O diretor-geral do clube, Damien Comolli, explicou as razões de ter mirado a chegada de Spalletti.
“Contratamos Spalletti pelo que ele conquistou no passado; o estilo de jogo também é importante. Chiellini, Modesto e eu sentimos que o time precisava de um novo treinador e decidimos, por unanimidade, que Spalletti era o candidato perfeito. O fato de nós três e os proprietários estarmos em sintonia foi crucial no processo decisório”, disse o dirigente francês, que está finalizando a busca por um novo diretor esportivo. (ANSA).