01/12/2023 - 18:42
A Coreia do Sul lançou dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (1), seu primeiro satélite espião militar, a bordo de um foguete da companhia espacial privada SpaceX, do bilionário Elon Musk.
O lançamento ocorreu na Base Vandenberg, da Força Espacial dos Estados Unidos, no estado da Califórnia, e o satélite é transportado por um foguete Falcon 9, da SpaceX.
A agência de notícias Yohnap anunciou que o satélite entrou em órbita pouco depois.
“O Falcon 9 decolou às 10h19 locais (15h19 pelo horário de Brasília) e colocou o satélite de reconhecimento em órbita aproximadamente quatro minutos depois do lançamento”, informou a Yonhap, citando o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
O satélite sul-coreano decolou menos de duas semanas depois de Pyongyang lançar seu próprio satélite espião.
Já em órbita, ele é o primeiro satélite de observação militar da Coreia do Sul e poderá monitorar as atividades da Coreia do Norte, que supõe-se que disponha de armas nucleares.
Seul planeja lançar quatro satélites adicionais até o final de 2025 com o objetivo de aumentar suas capacidades estratégicas.
O satélite ficará em órbita de 400 a 600 km de altitude, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, e será capaz de detectar em solo um objeto de apenas 30 centímetros.
“Levando em conta sua resolução e sua capacidade de observação da Terra (…), nossa tecnologia de satélite se encontra entre as cinco primeiras do mundo”, afirmou um funcionário do Ministério da Defesa sul-coreano, citado pela Yonhap.
Para controlar as atividades de Pyongyang, “até agora, a Coreia do Sul se baseou em grande medida nos satélites de reconhecimento americanos”, explicou à AFP Choi Gi-il, professor da Universidade Sangji.
Embora o país “já tenha conseguido lançar um satélite de comunicações militares, um satélite de reconhecimento demorou muito mais, devido aos maiores desafios tecnológicos”, acrescentou. Mas depois do bem sucedido lançamento de um satélite espião pela Coreia do Norte, “o governo da Coreia do Sul também deve demonstrar que pode fazê-lo”.
Desde o lançamento do satélite norte-coreano “Malligyong-1”, na semana passada, Pyongyang diz que conseguiu observar pontos importantes nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. No entanto, não foram divulgadas imagens dos avistamentos que alega ter conseguido realizar.
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