Três astronautas americanos e um cosmonauta russo decolaram na noite de domingo (3) da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, para a Estação Espacial Internacional (ISS), onde permanecerão por seis meses.

O foguete Falcon 9 da empresa privada SpaceX decolou às 22h53 locais (00h53 de segunda em Brasília) do Centro Espacial Kennedy, iluminando o céu com um longo e brilhante clarão laranja.

Minutos depois do lançamento, o foguete sobrevoava o oceano Atlântico a uma velocidade aproximada de 9.700 km por hora, segundo os comentaristas da televisão da agência espacial americana Nasa.

A cápsula conseguiu se colocar em órbita em nove minutos. A nave deve se acoplar à ISS para a transferência de outros quatro tripulantes.

O Falcon 9 que decolou no domingo leva três homens e uma mulher. Inicialmente, a missão Crew 8 deveria partir no sábado, mas o lançamento foi adiado por um dia devido aos fortes ventos.

A cápsula que os transportava, chamada de “Endeavour”, já foi utilizada quatro vezes pela SpaceX, a empresa do magnata sul-africano Elon Musk, que também é dono da fabricante de carros elétricos Tesla, entre outras empresas.

A SpaceX fornece serviços de lançamentos espaciais à Nasa desde 2020, sob o programa comercial de tripulações da agência americana. Sua rival, Boeing, está perto de finalizar seu processo de certificação.

O americano Matthew Dominick, que pela primeira vez viaja ao espaço, lidera a missão. Ele está sendo acompanhado por sua compatriota Jeanette Epps e o russo Alexander Grebenkin, também estreante em um voo espacial.

O médico americano Michael Barratt completa a equipe como o único do grupo a já ter visitado a ISS.

A Nasa e a agência espacial russa Roscosmos operam a ISS em conjunto. Atualmente, o segmento espacial é uma das poucas áreas em que a cooperação entre Washington e Moscou se manteve após a invasão da Ucrânia em 2022.

No momento, sete pessoas estão na ISS. Delas, devem voltar à Terra, após um período de troca com os membros da nova missão, uma americana, um dinamarquês, um japonês e um russo.

A missão Crew 8 propõe-se realizar mais de 200 experimentos científicos durante os seis meses que permanecerá no laboratório espacial.

A ISS tem pessoal de forma permanente há 23 anos. Mas o tempo desde sua construção já mostra seus inconvenientes. Recentemente, o diretor do programa da Estação na Nasa, Joel Montalbano, disse que acompanham atentamente um pequeno vazamento no setor russo da plataforma.

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