Seis pessoas foram presas pela morte de Rafael dos Santos Silva, de 22 anos, linchado por moradores de Suzano (SP), na região metropolitana de São Paulo, após ser acusado falsamente de matar cachorros a facadas na cidade. Os indivíduos responsáveis pelas agressões que levaram o ajudante de pedreiro a óbito gravaram todo o crime, que ocorreu em 17 de dezembro de 2023. As informações são do Cidade Alerta.
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O grupo de agressores divulgou as cenas de linchamento nas redes sociais, xingando o ajudante de pedreiro e alegando que o indivíduo seria um “exterminador de cachorros” enquanto a vítima agonizava na calçada. Os suspeitos teriam utilizado diversos objetos para infligir lesões em Rafael dos Santos Silva, que foi atropelado por um dos detidos. O corpo do jovem foi deixado em via pública.
Entretanto, a motivação para as ações era uma notícia falsa. Um vereador de Suzano teria efetuado uma publicação nas redes sociais alegando que animais domésticos estavam sendo esfaqueados na região. Rafael dos Santos Silva, ajudante de pedreiro natural de Recife (PE), foi apontado pelo parlamentar como o responsável pelas mortes de cachorros, já que em vídeos, o jovem afirmou considerar os animais como “impuros”.
As autoridades constataram que não havia relação entre Rafael dos Santos Silva e as mortes de animais domésticos em Suzano. As forças de segurança afirmam que o ajudante de pedreiro possuía problemas psiquiátricos e que precisava de tratamento. Após as prisões, a Polícia Civil busca identificar responsáveis por incitar o crime, como o vereador que teria divulgado a identidade de Rafael dos Santos Silva nas redes sociais.
Seis pessoas foram presas e um indivíduo identificado como integrante do grupo que agrediu Rafael dos Santos Silva segue foragido. O carro utilizado na ação criminosa para atropelar o ajudante de pedreiro foi apreendido pelas autoridades. Ainda segundo o Cidade Alerta, nenhum cachorro morto teria sido encontrado nas proximidades onde os supostos esfaqueamentos ocorreram.
A IstoÉ tentou contato com o vereador responsável pela publicação, com a Prefeitura de Suzano e com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), mas não obteve resposta até o momento de publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
