SP registra em 2025 o maior número de mortes de pedestres desde 2015

Nos primeiros 11 meses deste ano, 360 pedestres morreram na capital paulista

Fernando Frazão/Agência Brasil
No mês de novembro foram 35 pedestres vítimas do trânsito de São Paulo Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O número de pedestres mortos no trânsito da cidade de São Paulo no período de janeiro a novembro deste ano é o maior já registrado desde 2015, primeiro ano da série histórica do Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsito (Infosiga), do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP). Nos primeiros 11 meses de 2025, 360 pedestres morreram na capital paulista. Em 2015, foram registrados 428 óbitos.

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No comparativo deste ano com os dados de janeiro a novembro de 2024, que teve 348 mortes, a cidade registrou aumento de 3,4% no número de óbitos de pedestres. A quantidade de mortes de pedestres em 11 meses de 2025 na cidade é maior do que a registrada em sete dos dez anos inteiros da série histórica. Em 2025, a via urbana com o maior número de registros é a Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste, que teve 15 mortes em 14 ocorrências de janeiro a novembro.

Segundo os dados do Infosiga, somente no mês de novembro foram 35 pedestres vítimas do trânsito de São Paulo. O número é o terceiro maior da série histórica, atrás do mesmo mês em 2023, com 42 mortes, e em 2015, com 37 óbitos. A ferramenta contabilizou o total de 918 mortes no trânsito da capital paulista, considerando também os óbitos de 419 motociclistas, 78 ocupantes de automóveis e 33 ciclistas. Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo afirmou que “a maioria absoluta dos sinistros de trânsito, principalmente os mais graves, é resultado do desrespeito à sinalização e às leis de trânsito”.

“O município tem implementado uma série de medidas para evitar que ocorrências façam vítimas e causem mortes, tornando o fluxo de trânsito cada vez mais seguro”, informou. Entre as medidas que a administração municipal disse ter adotado para proteger os pedestres estão a criação das áreas calmas, com velocidade máxima permitida de 30 km/h; a redução do limite de velocidade de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias; além do aumento do tempo de travessia em mais de mil semáforos.