SP recebe exposição fotográfica sobre ilhas do Mediterrâneo

SÃO PAULO, 16 MAI (ANSA) – O Instituto Italiano de Cultura de São Paulo (IICSP) apresenta, de 23 de maio a 31 de julho, a exposição “Arquipélago. Culturas Insulares”, da fotógrafa italiana Corinna Del Bianco. Com entrada gratuita, a mostra reúne 44 fotografias e um vídeo que documentam a profunda relação entre comunidades insulares do Mediterrâneo e seus ambientes naturais.   

De acordo com comunicado do IICSP, o projeto destaca a cultura resiliente dessas populações, “que souberam adaptar-se a condições adversas como escassez de água, ventos extremos e terrenos áridos, desenvolvendo uma convivência harmônica e produtiva com a natureza”.   

“A exposição investiga práticas históricas de aproveitamento da terra, agricultura, pesca e atividades extrativistas, assim como os desafios contemporâneos relacionados ao turismo e à gestão de recursos”, diz a nota, que cita como exemplo imagens retratadas na ilha de Pantelária, na Sicília, sul da Itália, com “sua agricultura ‘heroica’ e a tradicional poda em taça da videira”, reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.   

Para o diretor do IICSP, Lillo Teodoro Guarneri, “estas fotos nos ajudam a redescobrir outra maneira de viver, mais autêntica.   

Testemunham a existência de um equilíbrio diferente entre a atividade humana e seu entorno, concebendo-os como um unicum, ao invés de entidades separadas”.   

“Espero que a exposição traga uma reflexão sobre o que deve ser reconquistado, mantido e valorizado da cultura artesanal e do modus vivendi do nosso passado na Itália e no Brasil, esta última, rica em tradições culturais antigas e variadas, fruto de suas raízes europeias, mas também e, sobretudo, africanas e ameríndias”, diz Guarneri.   

A exposição é realizada em colaboração com o Festival de Fotografia de São Paulo e acontece no âmbito do Festival Cidade da Cultura. Além disso, “Arquipélago” também se insere na Convenção da UNESCO de 2005 para a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais, sendo um projeto de documentação de longo prazo, iniciado em 2018, com duração prevista de 50 anos. (ANSA).