O júri popular de quatro dos cinco acusados de envolvimento no roubo e morte de uma família em Santo André (SP) foi adiado. Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, e o filho deles, Juan Victor Gonçalves, de 15, foram mortos com golpes na cabeça em janeiro de 2020 durante um assalto na casa em que moravam. As informações são do G1.

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O Ministério Público de São Paulo acusou Anaflávia Martins Gonçalves, filha do casal morto, e a então namorada dela, Carina Ramos de Abreu de planejarem o crime. Os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, que são primos de Carina, e Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos Ramos, também foram acusados de participar do crime.

Conforme informações do G1, quatro dos cinco acusados seriam julgados no Fórum de Santo André nesta segunda-feira (13). No entanto, a audiência foi adiada pela Justiça, que atendeu um pedido da defesa dos acusados.

Agora, Anaflávia e Carina serão julgadas às 10h de 19 de setembro e os outros três réus serão julgados no mesmo horário, mas em 21 de novembro.

Os cinco envolvidos no crime foram acusado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa. Na denúncia, a promotora Thelma Cavarzere aponta que Carina Ramos, namorada de Anaflávia, tinha muito ciúme da namorada e conseguia influenciá-la.

De acordo com a promotora, Anaflávia e Carina foram responsáveis por arquitetar um plano para matar os pais e o irmão, com o objetivo receber o valor do seguro de vida e o dinheiro que a família possuiria na casa.

Segundo a denúncia, um dia antes da morte, Carina realizou pesquisas no Google sobre como resgatar o prêmio de apólice de um Seguro de Vida do Banco Santander.

As mulheres teriam prometido aos seus três comparsas um pagamento que seria feito com o dinheiro que deveria estar dentro de um cofre no quarto do casal. Carina e Anaflávia acreditavam que havia R$ 85 mil no local.

A promotora aponta ainda que no dia do crime os cinco entram na casa e anunciam o assalto. Anaflávia e Carina fingiram que estavam sendo rendidas também e a namorada de Anaflávia ordenou que os outros não deviam reagir.

“Romuyuki e Juan têm suas mãos amarradas por cadarços, e são amordaçados com fita adesiva ‘silver tape’, trazidos por Carina. Ambos são também vendados, e levados para o andar de cima, onde sofrem fortes golpes na cabeça, desferidos por instrumento contundente. São deixados no quarto de Juan”, afirmou a promotora na denúncia.

A mãe de Anaflávia, Flaviana chega 20 minutos depois e também é rendida. Ela foi obrigada a abrir o cofre da casa que estava vazio. Sem o valor, os acusados roubam bens da residência, como jóias, televisão e videogames.

Na denúncia, a promotora afirma que depois do roubo, a família é morta e colocada no porta-malas do carro de Romuyuki. O jipe foi encontrado queimado na manhã seguinte por moradores da região. Dois dias depois, Anaflávia e Carina foram presas.

“Carina e Anaflávia mataram as vítimas por motivo torpe, consistente na cobiça de ambas, em ficar com a casa, com os veículos, com o dinheiro que achavam que estava no cofre, e com o dinheiro do Seguro de Vida”, afirmou a promotora na denúncia.