O primeiro bloco do debate da Band entre candidatos ao governo de São Paulo foi marcado por várias trocas de farpas, e o alvo preferencial foi Fernando Haddad (PT). Também foi dele a primeira provocação: ao responder sobre projetos para a educação, Haddad disse que a responsabilidade da esfera estadual é “direta” – “diferentemente do que disse o Rodrigo Garcia sobre o problema da cracolândia, ao dizer que a responsabilidade do governo estadual seria indireta”.

Em seguida, Tarcísio de Freitas provocou o petista: “Quero fazer uma pergunta, mas para a plateia. Vão no Google e digitem ‘pior prefeito de São Paulo; depois vocês me contem”.

Haddad respondeu: “Quem for ao Google digite ‘genocida’. Já são quase 700 mil mortos. O governo de vocês cortou o auxílio emergencial antes de vacinar as pessoas”. Haddad também criticou o fato de o adversário ter “partido para a agressão” depois de ter falado de Deus ao se apresentar: “Deus é paz, é amor”. Ainda lembrou a Tarcísio que deu as boas-vindas ao candidato, que é carioca. “Mas se adeque ao nosso padrão de civilidade.”

Rodrigo Garcia (PSDB) aproveitou o gancho: “Vocês perceberam o bate-boca, que reproduz a polarização no nível nacional, temos que discutir São Paulo”.

Garcia então perguntou a Haddad sobre o que o petista acha do Poupa-Tempo. Ele elogiou, mas disse que Garcia não tinha relação nenhuma com o sucesso do programa. “Haddad talvez não saiba, chega tarde, acorda tarde”, devolveu Garcia, argumentando que sob sua gestão aumentou o número de postos de atendimento do Poupa-Tempo. Haddad devolveu a provocação: “João Doria errou muito na escolha do vice, mas porque não está preocupado com São Paulo”.