Na quinta-feira (18), Paula do Nascimento, de 39 anos, relatou ao G1 que a sua filha, Yasmin do Nascimento, de 13 anos, com deficiência auditiva, foi agredida com tapas e socos pela professora auxiliar em uma escola municipal de Guarujá, no litoral de São Paulo. A mãe denunciou o caso na Secretaria de Educação de Guarujá e no Ministério Público.

Paula contou que a primeira agressão foi em 20 de setembro, Yasmin chegou em casa com os óculos quebrados. “Ela disse que recebeu um tapa no rosto da professora. Os óculos caíram no chão e quebraram.”

A Secretaria de Educação não informou o nome da professora, apenas relatou que ela atua como auxiliar especializada em deficiência auditiva. Trabalha desde agosto deste ano, com o retorno das aulas presenciais, ajudando os alunos do 6° ano.

“Minha filha reclamava dela (da professora auxiliar) desde quando começaram as aulas presenciais. Dizia que ela era brava”, contou a mãe de Yasmin.

Depois da primeira denúncia, Paula recebeu a informação de que a professora não teria mais contato com a sua filha, mas continuaria na escola para ajudar outros alunos.

Ao saber que tinha sido denunciada, a auxiliar invadiu a sala de aula da adolescente e começou a ofendê-la. “Disse que nunca tinha agredido minha filha, mas nós não temos motivos para fazer tudo isso à toa”, disse Paula.

Yasmin continuou a ser agredida e então a mãe resolveu relatar o ocorrido no Ministério Público, que instaurou um inquérito para apurar a situação. Depois de um mês, Paula compareceu a uma reunião com a coordenação da escola e representantes da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc), na qual foi informada que a professora seria transferida, em 26 de outubro, para outra escola.

No mesmo dia da reunião, Yasmin apareceu novamente em casa com marcas de agressões. “Ela disse que a professora pegou ela no corredor, segurou o pescoço dela e deu um soco no rosto dela, ameaçando minha filha, dizendo que ia continuar batendo, mesmo que a gente denunciasse.”

A jovem está há cerca de um mês sem frequentar as aulas com receio de novas agressões. Segundo a sua mãe, a escola não tem oferecido suporte à aluna.