O Ministério Público de São Paulo denunciou, no último dia 9, dois policiais militares que agrediram a dona de um estabelecimento comercial em Parelheiros, em São Paulo (SP). De acordo com o MPSP, os PMs João Paulo Servato e Ricardo de Morais Lopes foram acusados de lesão corporal grave, abuso de autoridade, falsidade ideológica e inobservância de regulamento.

De acordo com a Promotoria, a vítima Elisabete Teixeira da Silva foi atacada no dia 30 de maio de 2020 ao tentar impedir a agressão contra dois homens praticada pelos policiais. Os agentes tinham sido acionados para atender uma ocorrência de funcionamento irregular de estabelecimento, com base na legislação vigente por conta da pandemia. Elizabete foi lançada ao chão e pisada no pescoço por um dos denunciados.

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Ainda segundo a denúncia do MPSP, na delegacia, os policiais apresentaram uma versão dos fatos segundo a qual teriam sido agredidos com barra de ferro, socos e chutes por populares. Eles foram desmentidos após a oitiva de testemunhas e análise das imagens.

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Para a promotora Giovana Ortolano Guerreiro, os PMs “inseriram e fizeram inserir declaração falsa e diversa da que devia ser escrita, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, atentando contra a administração e o serviço militar”.

Após o caso ser divulgado pelo Fantástico, da TV Globo, em julho do ano passado, os PMs  foram afastados e o governador João Doria (PSDB) classificou a abordagem como “inaceitável”.


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