A Polícia Civil de Mongaguá, no litoral de São Paulo, investiga o desaparecimento do agente de saúde David Soares de Abreu, de 67 anos, que sumiu em março deste ano. Nesta semana, os investigadores pediram à Justiça a quebra do sigilo telefônico e das contas do agente. As informações são do G1.

Conforme a família, David foi visto pela última vez no dia 19 de março na residência onde morava. No dia seguinte ao desaparecimento, os parentes encontraram outra pessoa morando no local. Um dos filhos do idoso afirmou que conversou com o pai sobre o interesse dele em vender o imóvel onde vivia há sete anos.

Ainda segundo o filho de David, o idoso teria dito ainda que tinha o desejo de ir morar em São Paulo, perto do restante da família. No entanto, ele ainda não havia encontrado um comprador. Dois dias após a conversa, um sobrinho do agente foi até a casa do tio, mas outra pessoa estava morando no imóvel. O celular de David estava desligado e o idoso não foi mais visto desde então.

Imóvel foi vendido

De acordo com a família, no cartório da cidade consta que a residência foi vendida à nova moradora no dia 19 de março. “Neste dia, ele nos falou que ainda não tinha encontrado ninguém para comprar”, contou a filha Livia Abreu.

Ainda segundo a família, o valor pago pela nova moradora foi metade do que o idoso dizia que queria pela casa. As investigações seguem pelo 1º DP de Mongaguá. A casa do agente de saúde passou por perícia, mas o reagente químico não apontou vestígios de sangue humano no local.

Até o momento, a polícia informou que não há indícios que apontem que o idoso não esteja vivo.

No entanto, a filha de David diz que a família se prepara para a possibilidade do idoso ter sido vítima de algum crime. “A gente já está meio que aceitando a condição que ele não está mais entre nós”, desabafou a filha do idoso. “A gente só está esperando a quebra do sigilo bancário, porque ele recebe aposentadoria. Queremos saber se foi sacado ou não. Será a cartada final”, afirmou Livia ao G1.