A Polícia Civil de São Paulo investiga se Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, de 19 anos, tem ligação com uma facção. De acordo com o delegado Severino Pereira de Vasconcelos, do 77º Distrito Policial, todos os presos na Operação Caronte são envolvidos com o crime organizado. As informações são do jornal O Globo.

Conforme as investigações, Lorraine lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas na cracolândia, região central de São Paulo. A jovem também é apontada como uma das chefes do tráfico na  região.

Lorraine foi presa na quinta-feira (22) por tráfico de drogas. De acordo com o delegado da Seccional do Centro de São Paulo, Roberto Monteiro, a jovem levava uma vida de luxo sustentada pelo tráfico.

A investigação apontou que Lorraine aparecia comercializando crack dentro de tendas no “fluxo” de usuários de drogas da Cracolândia, em São Paulo.

“Ela agia como liderança do tráfico. Nós temos em cada tenda [na Cracolândia] em média dez mesas, que são alugadas de outros traficantes. E ela era líder de um desses segmentos, substituindo seu companheiro, que está preso também por tráfico. Ela ostenta um nível de vida alto, e tudo isso proveniente do tráfico de drogas”, afirmou o delegado ao G1.

Operação Carontes

As equipes do 77º DP da Santa Cecília cumpriram um mandado de prisão da “Operação Carontes” em Barueri, na Grande São Paulo, e localizaram Lorraine na casa do namorado. Os investigadores afirmaram que, no momento da prisão, a Gatinha da Cracolândia confessou que tinha drogas escondidas no Hotel Avaré, localizado na região da Cracolândia.

Conforme o delegado,  Lorraine foi filmada pelos policiais enquanto vendia drogas no fluxo da Cracolândia. Ela ainda ajudava a abastecer os hotéis onde escondiam os entorpecentes. Equipes foram designadas até o local, onde encontraram produtos de crime e um esconderijo de drogas. O responsável pelo hotel foi levado para a delegacia.