Quase metade da produção de petróleo saudita, cerca de três milhões de barris por dia, ficará suspensa por um mês como resultado de ataques no último sábado (14) às principais instalações do país – disse o especialista consultor nos mercados de petróleo da S&P Platts.

No sábado, ataques reivindicados pelos rebeldes xiitas huthis no Iêmen contra Abqaiq – a maior estação de tratamento de petróleo do mundo – e o campo dos Khurais obrigaram a suspender a produção de 5,7 milhões de barris por dia, 6% dos produção mundial.

“No momento, parece provável que cerca de três milhões de barris por dia de petróleo bruto saudita estejam indisponíveis por pelo menos um mês”, disse a S&P Global Platts em um relatório.

Os preços do petróleo caíram um pouco na terça-feira, após o aumento recorde na segunda, em um contexto de incerteza sobre quando a produção será retomada na Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Nesta terça-feira, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdelaziz bin Salman, dará sua primeira coletiva de imprensa após os ataques, embora as autoridades não tenham indicado de quais questões ele vai tratar.

“A Arábia Saudita provavelmente dirá que pode suprir totalmente seus clientes, mas que, com o tempo, isso poderá se tornar difícil. Qualquer indicação de atraso causará aumentos de preços adicionais nas próximas semanas, ou meses”, disse a S&P Platts.

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A Arábia Saudita produz cerca de 9,9 milhões de barris por dia. Deste total, exporta em torno de 7 milhões, principalmente para países asiáticos.

De acordo com a consultoria Capital Economics, com sede em Londres, as reservas globais de petróleo, avaliadas em 6,1 bilhões de barris, devem compensar a queda na produção saudita.


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