A Polícia Civil, em ação conjunta com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e a Secretaria de Políticas para a Mulher, deflagra nesta terça-feira, 30, uma operação de alcance estadual para cumprir mais de 1,4 mil mandados de prisão contra agressores acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Os mandados expedidos pela Justiça envolvem diferentes formas de agressão, mas a maior parte está relacionado ao cumprimento de medidas protetivas. As prisões começaram a ser realizadas na noite de segunda-feira, 29, e, de acordo com o último balanço, 226 procurados foram detidos.
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A ação faz parte da estratégia do governo estadual para o enfrentamento à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção.
A operação ocorre em meio ao aumento dos casos de feminicídios. Neste ano de 2025, a cidade de São Paulo registrou recorde histórico desde que a contabilização foi iniciada, em abril de 2015.
Um dos episódios mais recentes e marcantes foi o de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê pelo ex-ficante. Ela ficou internada e teve as duas pernas amputadas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quase um mês depois.
A mobilização desta terça envolve todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher. Cerca de 1,7 mil policiais civis atuam na operação.
O objetivo da operação é de ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e assegurar o cumprimento rigoroso das decisões judiciais.
A ação SP Por Todas é um movimento do governo de São Paulo voltado à ampliação da visibilidade das políticas públicas voltadas às mulheres que reúne ações como o aplicativo SP Mulher Segura, que conecta as vítimas diretamente às forças policiais, e a expansão das Delegacias de Defesa da Mulher com atendimento 24 horas.