Uma funcionária pública do Instituto da Mulher – Casa Rosa, em Guarujá, no litoral de São Paulo, denunciou a superiora hierárquica por lesão corporal. De acordo com a acusação, no último dia 11, durante o expediente, a funcionária teria passado mal e pediu para ir embora do trabalho. As informações são do G1.

No entanto, a chefe, segundo o boletim de ocorrência, “apontou o dedo na sua cara e a mandou calar a boca”. Na sequência, a superiora teria agarrado a funcionária pelo braço com força para impedi-la de sair.

Em entrevista ao G1, uma testemunha contou ainda que a mulher foi empurrada, caiu no chão, bateu em uma cadeira e caiu em cima de uma gestante que estava no Instituto da Mulher. Ainda conforme o boletim de ocorrência, a funcionária ficou “atordoada e confusa, por conta do assédio e de ter desmaiado”.

Após o ocorrido, a mulher foi para um hospital, onde passou por exames. Um receituário médico do atendimento informa que ela chegou ao local em “crise de pânico” e que não possui “condições de voltar às atividades laborais, devido ao forte estresse que passou”.

O caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá. A mulher também esteve no Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito. A chefe nega as agressões.

Em nota ao G1, a Prefeitura de Guarujá disse ter tomado conhecimento do assunto de forma oficial na segunda-feira (21). Conforme a administração municipal, a Secretaria Municipal de Saúde deve abrir um processo administrativo para investigação interna.

Outro lado

Segundo o G1, a chefe acusada de agressão também registrou um boletim de ocorrência contra a funcionária. Conforme a superiora, a funcionária havia se atrasado para abrir a unidade no horário, o que teria causado atraso nos atendimentos.

A chefe disse ainda que a mulher não teria gostado de “ser chamada a atenção”, e ameaçou ir embora. No boletim de ocorrência, a superior descreve que a funcionária começou a chorar, e que tentou abraçá-la, mas que ela “deslizou, parecendo um desmaio, sentou e deitou no chão”.

“Venho tardiamente abrir este boletim de ocorrência, para preservação de direito, pois estou sabendo, por diversas pessoas, que a funcionária citada está enviando mensagens denegrindo a minha imagem e caluniando a meu respeito. Penso que o ocorrido poderia ser resolvido pontualmente na unidade”, diz a mulher na ocorrência.