O monumento dedicado ao líder da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Carlos Marighella, amanheceu coberto de tinta vermelha nesta sexta-feira (30), em São Paulo.

A pedra em memória de Marighella foi instalada em 1999, durante um ato que marcou os 30 anos do guerrilheiro que pregava a luta armada contra a ditadura militar. O monumento, criado pelo arquiteto Marcelo Ferraz, é uma peça de granito bruto, onde se lê: “Aqui tombou Carlos Marighella em 4/11/69, assassinado pela ditadura militar – São Paulo, 4 de novembro de 1999”.

A morte do líder da organização foi reconhecida como assassinato em 11 de setembro de 1996, pela Comissão de Mortos e Desaparecidos da Câmara, e a família de Marighella foi indenizada. Agentes do governo brasileiro, sob o comando do delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury, foram os responsáveis pela morte de Carlos.

De acordo com a Folha de S.Paulo, ainda não se sabe quem foi o responsável por jogar a tinta vermelha no monumento. Procurada pela reportagem, a Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou sobre o caso.

O ataque a pedra de Marighella aconteceu na mesma semana em que o grupo Revolução Periférica ateou fogo à estatua de Borba Gato, em Santo Amaro.