SP: Laudo diz que estudante que matou gamer não tem doença mental

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Foto: Reprodução/ redes sociais - Reprodução/ TV Globo

O laudo do exame de insanidade mental feito pelo estudante Guilherme Alves Costa, de 18 anos, aponta que o jovem não possuía nenhuma doença ou perturbação mental quando usou uma faca e uma espada para matar a gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva, de 19 anos, em fevereiro deste ano.

De acordo com o G1, o exame foi feito em abril a pedido da defesa do réu. Para os advogados de Guilherme, o réu matou a vítima durante um “surto psicótico”. Por isso, precisaria ser levado para tratamento em um hospital psiquiátrico em vez de continuar preso.

Como o resultado do teste o considerou “imputável” (ou seja, que pode responder criminalmente pelo que fez), o acusado poderá ser levado a júri.

Em fevereiro, o Ministério Público de São Paulo denunciou Guilherme pela morte de Ingrid Bueno. De acordo com a denúncia, o jovem teria usado uma faca e uma espada para assassinar a vítima.

Ainda conforme o promotor de Justiça Fernando César Bolque, há indícios de que o acusado tenha tentado degolar a vítima. Réu por homicídio, o jovem está preso preventivamente.

Relembre o caso

A jogadora de eSports Ingrid Bueno, conhecida como Sol, de 19 anos, foi morta a facadas no dia 22 de fevereiro, no bairro de Pirituba, na zona norte de São Paulo. Na denúncia, o MP narra que “por motivos desconhecidos, mas supostamente a pedido do próprio denunciado”, a vítima foi até a casa de Guilherme. Segundo o acusado, ele havia conhecido a vítima pela internet há pouco mais de um mês.

Conforme a polícia, o suspeito foi preso em flagrante e confessou o crime. De acordo com o Boletim de Ocorrência do caso, Ingrid foi encontrada desmaiada pelo irmão de Guliherme, que não a conhecia. Em seguida, policiais militares foram até a casa do suspeito e constataram que a jovem estava morta. Segundo o registro, ela apresentava diversas facadas espalhadas pelo corpo.

Após o crime, Guilherme gravou um vídeo para mostrar que havia matado Ingrid. Em uma das gravações, o acusado admite que cometeu o crime e fala de um livro. “Bom, vocês estão achando que é tinta, montagem, algo do tipo? Não, não é. Eu realmente matei ela [sic]. E, bom, eu tenho um livro também, pedi para um pessoal estar divulgando o meu livro. E é isso aí. Eu espero que vocês leiam. Tem algumas verdades sobre a humanidade”.