As secretarias municipal e de Estado da Saúde de São Paulo lançaram nesta segunda-feira, 10, campanhas de imunização contra o sarampo e a febre amarela. A primeira vai ocorrer apenas na capital e pretende alcançar 2,9 milhões de paulistanos. Já a segunda será feita em todo o Estado e visa a aumentar a cobertura vacinal, atualmente em 71,6%. Ambas as vacinas estarão disponíveis nos postos de vacinação até 12 de julho.

A vacina tríplice viral está prevista no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, aos 12 meses de idade e oferece imunização contra sarampo, rubéola e caxumba. Além disso, um reforço é necessário com a vacina tetraviral, que também inclui varicela, administrada aos 15 meses.

Pessoas com idade entre 15 e 29 anos estão no grupo prioritário, por estarem na faixa etária considerada mais vulnerável à infecção. Isso foi causado pela baixa procura da segunda dose.

Neste ano, a capital paulista registrou o primeiro caso autóctone de sarampo, isto é, de transmissão interna, desde 2015. São Paulo é uma porta de entrada para estrangeiros, que podem trazer o vírus de outros países, por isso é importante que a cobertura vacinal esteja alta em seu território.

Medida semelhante é adotada desde fevereiro em Santos, no litoral do Estado, onde houve casos da doença em um cruzeiro. A Secretaria de Estado da Saúde informa que, até o dia 7 de junho, o Estado de São Paulo registrou 51 casos confirmados de sarampo.

Contraindicações

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De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, a vacina de prevenção ao sarampo é contraindicada para gestantes e imunodeprimidos, como pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.

Febre amarela

A campanha de vacinação contra a febre amarela tem por objetivo aumentar a cobertura vacinal do Estado, atualmente de 71,6%. A imunização é recomendada devido à circulação do vírus silvestre.

Até 3 de junho, foram confirmados 66 casos autóctones de febre amarela silvestre no Estado e 12 deles evoluíram para óbitos. Do total de casos, 94% têm como local provável de infecção (LPI) municípios do Vale do Ribeira.

Também há contraindicações para esta vacina. De acordo com a secretaria, os portadores de HIV, pacientes com tratamento quimioterápico concluído e transplantados devem consultar o médico sobre a necessidade da vacinação.

Não há indicação de imunização para grávidas, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticóides em doses elevadas. Em caso de dúvida, a pasta aconselha que um médico seja consultado.

Reações

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informa que “a reação mais frequente é a dor no local de aplicação, que tem intensidade leve e moderada e pode durar um ou dois dias”. Outras manifestações sem gravidade são febre com duração de até sete dias, dor de cabeça e dor no corpo.

“Essa é uma vacina das mais seguras e eficazes, entretanto, raramente ocorrem reações adversas graves, que podem evoluir para o óbito”, informa o portal da Prefeitura. No entanto, o risco de complicações graves decorrentes da vacina é muito menor com relação à taxa de mortalidade da doença, que pode chegar a 50%, dizem especialistas.

Onde se vacinar

No dia 29 de junho, também ocorrerá o ‘Dia D’ da vacinação, quando os postos funcionarão também no sábado, das 8h às 17h. A pessoa interessada em se vacinar precisa levar sua carteirinha de vacinação e o cartão SUS consigo. Caso não possua, deve levar ao menos o RG.



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