A analista de sistemas Vitória Raquel Celeste, de 23 anos, sobreviveu após levar 18 facadas em Santos, no litoral de São Paulo. Após o ataque realizado no último dia 19 por dois homens, a jovem foi abandonada na roda de um caminhão.

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A Polícia Civil tenta identificar os suspeitos e apura se a jovem foi vítima de estupro, o que será apontado após o resultado dos laudos periciais. Em entrevista ao G1, Vitória contou que ficou 12 dias internada após o ataque.

De acordo com a vítima, ela e a companheira passaram o dia vendendo alguns móveis, pois estavam de mudança. Na madrugada do dia 19 de maio, a jovem saiu de casa para comprar um lanche para elas.

“Na volta, a duas quadras de casa, próximo a um colégio, escutei um assobio e olhei para ver se enxergava alguma coisa. Estava bem escuro e jogaram areia molhada nos meus olhos. Aí, os dois homens vieram com um pano na minha direção. Nessa hora, falei: ‘pode me roubar, pode levar’. Mas o que eles usaram no pano queimou demais meus olhos e meu nariz. Fechei o olho e senti meu corpo sendo arrastado. Depois, minha mente apagou”, contou Vitória ao G1.

A jovem lembra que acordou tempos depois com um dos homens a enforcando. “Eu estava em cima de um colchão, olhei para o lado e vi uma faca preta, que eu fiquei olhando para tentar pegar e me defender”, diz. Ainda segundo Vitória, quando o homem foi para cima dela, ela tentou acertá-lo com a faca, mas foi dopada novamente.

Conforme a vítima, após ser deixada na roda de um caminhão, ela acordou com o som de latidos de um cachorro. Além dos ferimentos de faca, a jovem estava sem shorts, no entanto, não se recordo se foi violentada sexualmente. A polícia aguardo o resultado dos exames para determinar se houve abuso sexual.

Vitória foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi acionado por uma mulher que trabalhava em uma banca de jornal próxima ao local onde a vítima foi deixada. A jovem foi levada para a Santa Casa de Santos, onde ficou internada 12 dias.

“Agora, estou lidando melhor com o trauma, já conseguindo dormir e fazendo minhas coisas. Eu tive que aceitar que passei por algo prejudicial para a minha mente, e a respeitar minhas emoções. Passei por um crime brutal por ser mulher, mas sei que não tive culpa de nada. Isso tudo me mostrou que Deus é amor, porque eu sobrevivi”, relatou ao G1.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado como estupro e tentativa de homicídio qualificado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, e é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Homicídios, da Deic de Santos.