Maria Luísa Rangel, de 21 anos, descobriu que ficou com um caco de vidro, de 5cm, nas costas por quase um mês, após sofrer um acidente doméstico. O caso ocorreu na Praia Grande, no litoral de São Paulo. As informações foram divulgadas pelo G1.

Ainda segundo o G1, Jamile Rangel de Silva, mãe da jovem, diz que houve negligência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a filha foi atendida a primeira vez após o acidente. Maria Luísa se machucou após cair em cima de uma mesa de vidro, no dia 26 de fevereiro.

A mãe de Maria Luísa diz que, na UPA, o médico não solicitou que a jovem fizesse exame de raio-x, além de nenhuma receita médica com remédios ter sido passada.

“Ela tomou 28 pontos, mas ainda sim estava sentindo muito desconforto. Fui na UPA e solicitei o prontuário, para fazer uma denúncia, mas foi negado. Disse que chamaria a polícia e só assim me passaram o nome do médico”, afirma.

Após cerca de cinco dias, Jamile relata que passou a sair uma secreção dos pontos. No local, informaram que era algo “normal”. Logo, a profissional de saúde também não identificou o vidro alojado nas costas.

No dia 9 de março, ela retirou os pontos e retomou a rotina de trabalho. Porém, a garota seguiu com uma dor constante nos dias seguintes.

No pronto atendimento de SP, uma médica cirurgiã encontrou um pedaço de vidro alojado nas costas da menina, e solicitou a internação para que fosse realizado o procedimento para retirada do objeto.

“O atendimento em São Paulo foi completamente diferente, fomos muito bem atendidas. Só não foi possível suturar o ferimento pelo risco de infecção. Minha filha ficou traumatizada e eu vou tomar os procedimentos cabíveis com relação ao médico que a atendeu primeiro na UPA de Praia Grande e não notou esse vidro, além de não ter solicitado ao menos um exame, e ela ter ficado com um vidro de 5 centímetros no corpo”, lamenta a mãe da garota.