 "Arquivo pessoal")
A representante comercial Angélica Santos, de 27 anos, afirma ter sido beijada e abraçada à força por um médico de Santos, no litoral paulista, durante uma consulta oftalmológica em um hospital especializado em São Paulo, na última segunda-feira (5). As informações são do G1.
Em agosto, o mesmo médico foi alvo de outras duas denúncias de pacientes que o acusaram de importunação sexual durante consultas no Centro de Combate ao Coronavírus de São Vicente, também no litoral paulista.
De acordo com Angélica, o médico também teria colocado a mão dela sobre a calça dele, nas partes íntimas. A defesa do profissional afirma que não foi informada da acusação. A jovem registrou o caso na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Sul, em São Paulo.
Conforme a vítima, o caso ocorreu no Hospital dos Olhos de São Paulo. Ela teria marcado consulta com o médico após ter ido à unidade no dia 19 de setembro para acompanhar os pais. Segundo a jovem, durante a consulta do pai dela, o médico teria oferecido o exame para ela.
“Falei que não tinha convênio lá. Ele falou para eu sentar que ia ver meu grau. Até achei estranho, porque eu não ia pagar a consulta, mas como estava lá, fiz”, explicou Angélica ao G1. Após o exame, o médico teria orientado que ela voltasse ao consultório outro dia para que pudesse fazer um exame específico. A consulta foi marcada para o último dia 5.
“Você precisa desestressar”
A vítima relatou que foi para a consulta acompanhada da filha pequena e que o atendimento estava correndo bem até que o médico pediu para que ela tirasse a máscara de proteção. Segundo Angélica, o homem teria afirmado que o acessório poderia interferir no novo exame de vista.
“Ele não fez o exame que disse que faria. Colocou uma luzinha nos meus olhos, disse que eu estava com uma alergia e que era estranho. Aí falou: ‘você precisa desestressar’”, explicou ao G1. Depois, conforme a vítima, o médico passou a fazer perguntas pessoais para ela. Ao fim da consulta, a jovem foi pegar a receita do medicamento para sair da sala.
“Quando eu levantei, ele veio na minha direção, dizendo que eu precisava de um abraço. Eu não queria abraçá-lo. Ele me abraçou e me beijou à força. Eu empurrei ele e fui para trás. Ele pegou a minha mão e passou na calça dele, nas partes íntimas”, afirmou. Ela contou ainda que não conseguiu gritar ou pedir socorro. Depois que conseguiu se soltar, Angélica pegou a filha e saiu do consultório.
Ainda conforme a vítima, ela pensou em não denunciar, mas ao pesquisar na internet sobre o médico, encontrou os outros dois casos de Vivian Herculano Salvatore e Jocimari Fonseca e percebeu que ele falou a mesma coisa para as outras vítimas. Diante disso, a representante comercial decidiu fazer a denúncia.
Em nota ao G1, o Hospital dos Olhos de São Paulo informou que a denúncia está sendo apurada pelos responsáveis da unidade e que o médico foi afastado de suas funções até a conclusão do caso.