No sábado (28), uma mulher foi agredida com cassetete e spray de pimenta por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na rua Helvetia, no bairro Campos Elíseos, que é o novo endereço da Cracolândia no centro de São Paulo. A ação foi registrada pelo jornalista Caio Castor. Depois, ele foi intimidado e ameaçado por um grupo no WhatsApp de moradores da região. As informações são do R7.

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Devido à grande repercussão, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que é responsável pela GCM, informou por meio de nota que afastou os agentes e abriu uma sindicância para investigar o caso.

“A Prefeitura informa que afastou os agentes flagrados em atos inaceitáveis e que não representam o padrão de atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Uma sindicância foi instaurada para apurar os fatos e aplicar as punições cabíveis. A gestão municipal não compactua com irregularidades e todo caso de desvio de conduta é rigorosamente apurado.”

Por ser morador da região, o jornalista participa de alguns grupos de WhatsApp. Depois da gravação, ele passou a receber reclamações de alguns vizinhos.

Em um grupo, um morador disse: “Estou muito triste por saber que um dos moradores do prédio está fazendo essas filmagens que só vão prejudicar a nós mesmos”. Outro respondeu: “Precisamos saber qual morador fez isso”.

“Gostaria muito que quem fez isso fosse agredido. Esfaqueado na rua por esses ‘noias’ (gíria para se referir aos usuários de drogas)”, comentou outro vizinho.

“Se a GCM sair daqui, esse morador vai ter problema sério”, afirmou mais um morador.

Reprodução

Depois, um dos membros do grupo descobriu e divulgou a identidade, o condomínio e o apartamento do jornalista. Então, cerca de 15 pessoas foram ao prédio em que Caio morava com a esposa e a filha.

O jornalista informou que o interfone começou a tocar constantemente. Quando atendeu, uma pessoa o xingou e ameaçou invadir o seu apartamento.

Nesse momento, ele entrou em contato com alguns amigos que também residem na região e eles acionaram a polícia.

Uma equipe da Polícia Civil se deslocou até o prédio em que Caio morava, mas o grupo já havia ido embora.

Por questão de segurança, o jornalista e a sua família foram escoltados para outro endereço, onde permanecem.

Caio decidiu registrar um boletim de ocorrência eletrônico de ameaça. Agora, o caso é investigado pelo 77° Distrito Policial (Santa Cecília).