A idosa Encarnação Morata, de 90 anos, recebeu doses de fabricantes diferentes da vacina contra a Covid-19, na cidade de Lucélia, no interior de São Paulo. De acordo com a família da mulher, ela recebeu a primeira dose da Coronavac no dia 12 de fevereiro e a outra da vacina da AstraZeneca no último dia 5. As informações são do G1.

As informações constam na caderneta de vacinação que Encarnação recebeu da Secretaria Municipal de Saúde. Encarnação recebeu a primeira dose da vacina em um drive-thru. Três semanas depois, a idosa deveria receber a segunda dose da Coronavac.

No entanto, Encarnação acabou tomando a primeira dose da vacina da AstraZeneca, desta vez em casa, e recebeu outra carteira de vacinação. A falha foi percebida pelo técnico de enfermagem Alex Rosa de Assis, que é neto da idosa.

Ao G1, ele contou que procurou o Centro de Saúde para entender o erro. “No momento [da vacinação], só estava a minha tia junto com a minha vó. Eu liguei no Centro de Saúde e colocaram a culpa na minha família. Minha tia é leiga nesse assunto e é tudo muito novo também”, relatou.

Em nota, a Secretaria de Saúde do município reconheceu que a dose aplicada com o imunizante da Universidade de Oxford foi errada. A prefeitura informou ainda que a idosa deve receber uma nova dose da Coronavac para garantir a imunidade.

Leia a nota na íntegra:

“Informamos que, segundo levantamento junto aos servidores do Setor de Saúde local, a equipe que se dirigiu até a residência da paciente não fora informada pelos familiares da mesma que ela teria sido vacinada anteriormente, bem como não informaram a dose que teria sido utilizada.

Considerando que, quando a paciente se desloca até a Unidade de Saúde para receber a dose da vacina para o combate da covid-19, é realizada uma entrevista por meio de um formulário, cujas informações são inseridas no Sistema Vacivida, onde, além dos dados do(a) beneficiário(a), são informados todos os dados da dose que foi administrada, tais como: data de vacinação, lote e fabricante etc..

Considerando que, na hipótese de um paciente receber a vacina de um determinado laboratório, e receber outra dose de outro laboratório, consequentemente, a última dose aplicada é considerada inválida e a dose de reforço deverá ser feita conforme a 1ª dose, respeitando o intervalo mínimo de duas semanas a partir da dose que foi administrada equivocadamente, conforme orientações contempladas no Documento técnico – Campanha de Vacinação Contra a Covid.”