A Justiça de São Paulo tornou réu, pelo crime de assassinato, o aposentado Luciano Gomes da Silva, de 55 anos. Ele é acusado de matar a auxiliar de limpeza Roseli Dias Bispo, de 46 anos. O crime ocorreu na última segunda-feira (26) em um vagão da Linha 1-Azul do metrô de São Paulo. Roseli foi morta com golpes de marreta na cabeça. Testemunhas relataram que a agressão aconteceu sem nenhum motivo, já que Roseli estava sentada e olhando o celular quando foi atingida pelos golpes de marreta.

De acordo com a denúncia da Promotoria, Roseli e acusado não se conheciam. Segundo os seguranças que o detiveram, o homem alegou ter ouvido “vozes” e achou que Roseli, que ia para o trabalho, havia o chamado de “mulher ou gay”. Luciano tem histórico de problemas psiquiátricos e no passado já havia sido diagnosticado como esquizofrênico e inimputável, ou seja, não podia ser responsabilizado criminalmente por seus atos. Ele foi detido por seguranças do metrô momentos após o crime e está atualmente internado na Santa Casa de Misericórdia, no centro de São Paulo.

Histórico de violência

Em 2005, Luciano tentou matar pessoas na mesma estação Sé. Esfaqueou dois homens que, segundo o aposentado, também o teriam chamado de “mulher ou gay”. Em 1993, Luciano matou a noiva em São Paulo. Ele foi preso por esse crime em 1996 e seguiu para um hospital psiquiátrico em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Foi quando começou um período de 22 anos em que ele passou por três hospitais psiquiátricos. Em 2018, Luciano foi solto por decisão judicial. Na época, exames mostraram que o aposentado não representava mais risco às pessoas e poderia voltar ao convívio social.