Cinco deputados estaduais vistoriaram as instalações do hospital de campanha no Anhembi na quinta-feira (4), causando tumulto no local. Acompanhados de seus assessores, eles criticaram o governador João Doria (PSDB) e afirmaram que o governo paulista mente sobre o número de casos e mortes no estado. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Adriana Borgo (Pros), Marcio Nakashima (PDT), Leticia Aguiar (PSL), Coronel Telhada (PP) e Sargento Neri (Avante) divulgaram vídeos nas redes sociais e entraram em áreas com alto risco de contaminação.

Em uma das gravações, Nakashima afirma que encontrou leitos vazios, alguns sem respiradores e criticou as medidas de isolamento social impostas no estado. Já Adriana Borgo disse que “não tem doente porcaria nenhuma” no hospital de campanha.

Nos vídeos divulgados pelos parlamentares, funcionários do hospital pedem para os deputados e assessores usarem, pelo menos, equipamentos de proteção individual para entrarem nos locais com alto risco de contaminação. “Isso é frescura. A gente não tem medo disso”, reclamou Borgo.

https://www.facebook.com/adriana.borgo/videos/10218309366631639/?t=3

Em nota, a Prefeitura afirmou que “os deputados e assessores invadiram o HMCamp do Anhembi de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPIs e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade.”

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), os parlamentares filmaram alas do hospital que ainda não foram ativadas, mas que estão prontas para serem colocadas em funcionamento caso necessário. “E também gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos.”

O hospital de campanha do Anhembi tem capacidade para atender cerca de 1.800 pacientes. Atualmente, há 397 pessoas internadas. Ainda de acordo com a prefeitura, outros 3.700 pacientes já passaram pelo local, dos quais 2.800 foram curados e tiveram alta. ” A Prefeitura de São Paulo reitera total repúdio a atitudes violentas e ações deliberadas para tentar enganar a opinião pública”, diz a nota da Prefeitura.