O estudante Giovani Ramos, de 20 anos, foi preso dentro do campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), no sábado (7). Aluno do curso de Geofísica e morador da residência estudantil da instituição, o jovem questionou a Polícia Militar pelo motivo de estar sendo detido, mas os agentes não responderam. As informações são do Uol.
Vídeos do momento em que Giovani é escoltado para fora do campus foram publicados nas redes sociais. De acordo com outros alunos que moram na residência estudantil, o jovem foi perseguido pelo campus por uma viatura da PM, que se chocou contra o portão do Restaurante Universitário.
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Em seguida, os policiais continuaram perseguindo o aluno a pé, até ser derrubado e agredido. Na sequência, ele foi detido e levado ao 91º DP, onde passou a noite. No domingo (8), um juiz determinou sua soltura em audiência de custódia.
Em nota, o Diretório Central dos Estudantes da USP “Alexandre Vannucchi Leme” informou que Giovani foi acusado de resistência, dano ao patrimônio público, lesão corporal e porte de entorpecente. Ao Uol, a defesa do jovem informou que as acusações não têm respaldo. Conforme amigos de Giovani, ele já foi parado pela Polícia Militar mais de 20 vezes em um ano.
PM diz que aluno jogou pedra em viatura
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o boletim de ocorrência do caso diz que Giovani atirou uma pedra na viatura “sem motivo aparente”. Depois, dois policiais foram atrás do estudante que, “sem aviso”, largou a bicicleta no chão. Ao tentar desviar do objeto, “a viatura acabou se chocando contra uma árvore”, e a perseguição continuou a pé.
“Um dos PMs conseguiu segurá-lo, mas houve resistência à abordagem e ambos caíram. Com a resistência, o agente acabou quebrando o dedo e machucando a cabeça. Neste momento, houve aglomeração de alunos que, sem conhecimento dos fatos, tentaram tirar o autor do local”, diz a nota da SSP enviada ao Uol.
Ainda conforme o órgão, Giovani não demonstrou arrependimento e não justificou o ataque à viatura, dizendo apenas que “a PM tinha muito dinheiro”. O caso foi registrado no 91º DP e encaminhado ao 93º DP.