SP: Escola investigada por vídeos de maus-tratos a crianças é alvo de mandado

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Crianças foram amarradas, com os braços presos por panos, como se estivessem imobilizadas por 'camisas de força Foto: Reprodução

A Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, em São Paulo (SP), foi alvo de um mandado judicial de busca e apreensão nesta quinta-feira (24). De acordo com a Polícia Civil, os agentes buscam materiais e objetos que possam ajudar na investigação sobre supostos maus-tratos a crianças no local. As informações são do G1.

Na terça-feira (22), a Justiça de São Paulo também decretou a prisão temporária de Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, diretora e também uma das sócias proprietárias da escola. Ela é considerada foragida.

O advogado André Dias, que abriu as portas da escolinha para a polícia, disse que a defesa da diretora entrou com pedido de liberdade para ela na Justiça. No entanto, o habeas corpus ainda não havia sido julgado. Ele disse ainda que sabe onde sua cliente está escondida. Pela lei, advogados não são obrigados a informar a polícia sobre o paradeiro de seus clientes.

Roberta Regina é investigada por suspeita de maus-tratos, periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, submissão delas a vexame ou constrangimento e tortura.

Relembre o caso

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pelo menos quatro crianças chorando amarradas, com os braços presos por panos, como se estivessem imobilizadas por ‘camisas de força’. Em uma das gravações, as crianças estão dentro de um banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebês, no chão, embaixo de uma pia e próximas ao vaso sanitário.

Segundo o advogado da instituição, as crianças que aparecem nos vídeos que circulam nas redes sociais teriam sido colocadas propositalmente nas posições em que são vistas.

“O que a gente acredita é que alguém, que ainda não se sabe exatamente quem e por quê, colocou as crianças naquela disposição, absolutamente inaceitável, embaixo de uma pia, dentro de um banheiro, um local totalmente inapropriado, fez alguns vídeos rápidos e deu um jeito de colocar isso nas redes sociais para tentar prejudicar a escola ou as funcionárias.”

Em depoimento, Roberta negou que tenha amarrado ou mandado alguém amarrar as crianças que aparecem nos vídeos.