SP: Dono de loja diz que colocou 2 mil capacetes no telhado para servir como isolante térmico

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Capacetes estavam no teto de uma loja na capital paulista Foto: Divulgação/ PCSP

O proprietário da loja de peças de motocicletas flagrada com 2 mil capacetes no teto em São Paulo (SP) afirmou em depoimento à Polícia Civil que estava, há 14 anos, colocando os equipamentos de segurança, um por um, para criar uma espécie de isolante térmico. Conforme Francisco Hélio de Freitas Maia, de 58 anos, os itens usados foram doados por clientes. As informações são do G1.

Segundo a polícia, o dono da loja foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre os capacetes no telhado da Hélio Motos. “Se tratava de capacetes usados deixados na loja por clientes que adquiriram capacetes novos e que os deixavam no telhado visando impedir o calor na loja e dificultar a ação criminosa de indivíduos na sua loja”, disse o proprietário à polícia.

De acordo com as autoridades, o caso será investigado pela 1ª Delegacia da do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os agentes querem saber, por exemplo, se os capacetes foram roubados ou furtados de motociclistas já que não possuíam notas fiscais. Após prestar depoimento na Divisão de Investigações sobre Furtos, Roubos e Receptações de Veículos e Cargas (Divecar), Francisco Hélio foi liberado.

Em entrevista ao G1, a filha do comerciante, Karina Freitas, de 31 anos, gerente da loja, disse que o pai estava tentando fazer um “descarte sustentável” dos capacetes e criticou a cobertura da imprensa. “Não nos procuraram para saber que meu pai sempre colocou os capacetes no telhado para a loja não esquentar. Que foi uma solução inteligente para o descarte sustentável e ainda resfriava o ambiente interno”, explicou.

Ainda segundo Karina, a loja é regularizada e não recebe, compra nem vende capacetes que tenham sido roubados ou furtados. “Somos honestos. Estamos no mercado há 29 anos, desde 1993. Meu pai chegou até a colocar um cartaz na loja pedindo doações para que doassem capacetes”, contou ao G1.

Outras lojas

No sábado (7), a polícia fez uma operação na capital paulista que visava coibir a comercialização de peças de motocicletas roubadas e furtadas. Além dos 2 mil capacetes da loja Hélio Motos, os agentes apreenderam 1.200 peças em outras quatro lojas fiscalizadas.

Conforme a polícia, os proprietários das outras quatro lojas fiscalizadas durante a operação foram indiciados por infringir ordem tributária, econômica e de consumo. Eles também foram liberados, mas devem responder aos crimes.